Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 1 de 1
Filter
Add filters








Year range
1.
Reprod. clim ; 30(1): 25-32, 2015. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-766821

ABSTRACT

Introdução: A cidade de São Paulo é um dos principais destinos de mulheres migrantes bolivianas em busca de trabalho. No entanto, estão submetidas a precárias condições de vida e de trabalho que as tornam mais vulneráveis a sofrer violências, incluso a sexual. Objetivo: Identificar características sociodemográficas de migrantes bolivianas com gestação decorrente de estupro, atendidas em serviço público de referência para abortamento legal. Método: Estudo retrospectivo e documental. Amostra de conveniência com 38 mulheres bolivianas que solicitaram abortamento por gestação decorrente de estupro entre 2002 e 2014. As variáveis de estudo foram região de procedência, idade, escolaridade, ocupação, situação conjugal, religião, tipificação do agressor, comunicação para a polícia, circunstâncias do crime sexual e seus desdobramentos. Resultados: A idade variou de 13-34 anos, média de 24 ± 6,3 anos. A maioria era solteira (63,2%), católica (55,3%), trabalhadora (71,1%) e com ensino fundamental incompleto (28,9%)e residia na Zona Leste (44,7%). A violência sexual ocorreu principalmente na residência (26,3%) ou durante lazer (23,7%), praticada por desconhecido (63,2%) mediante violência física e ameaça (39,5%). A maior parte dos casos foi encaminhada por serviços públicos de saúde (39,5%) portando boletim de ocorrência policial (52,6%) e com idade gestacional média de 12,1 semanas. A gestação foi interrompida em 30 casos (78,9%) e o principal motivo de recusa do abortamento foi idade gestacional ≥ 23 semanas. Conclusões: Em muitos aspectos a violência sexual praticada contra migrantes bolivianas se assemelha às situações vivenciadas por mulheres em grandes centros urbanos espaços públicos por agressores desconhecidos. No entanto, os resultados sugerem que as migrantes bolivianas estão mais sujeitas ao estupro praticado com violência física e menor capacidade de comunicar o crime para a polícia.


Introduction: The city of São Paulo is one of the main destinations of Bolivian migrant women in search of work. However, her are subjected to poor living conditions and work that make them more vulnerable to suffer violence, included sexual. Objective: To identify sociodemographic characteristics of Bolivian migrants with pregnancy resulting from rape, met in public service reference for legal abortion. Method: Retrospective study and documentation. Convenience sample with 38 Bolivian women who requested abortion for pregnancy resulting from rape between 2002 and 2014. The study variables were the origin of region, age, education, occupation, marital status, religion, of fender classification, reporting to the police, circumstances of sexual crime and its consequences. Results: The age ranged from 13-34 years, mean 24.0±6.3 years. Most were single (63.2%), Catholic (55.3%), working (71.1%) and incomplete primary education (28.9%), residing on the east side (44.7%). Sexual violence occurred mainly at home (26.3%) or during leisure (23.7%), perpetrated by unknown (63.2%) by physical violence and threat (39.5%). Most of the cases were referred by public health services (39.5%) carrying police report (52.6%) and mean gestational age of 12.1 weeks. Pregnancy was interrupted in 30 cases (78.9%) and the main abortion ground for refusal was gestational age≥23 weeks. Conclusions: In many ways the sexual violence against women Bolivian migrants, resemble the situations experienced by women in large urban centers addressed in public places by unknown assailants. However, the results suggest that the Bolivian migrants are more likely to rape practiced with physical violence and less able to communicate the crime tothe police.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Abortion, Legal/statistics & numerical data , Emigration and Immigration , Sex Offenses , Human Rights Abuses/ethnology
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL